14 dezembro 2013

Never Too Late - Parte VII


Malibu, Califórnia, 15 de agosto, quinta-feira.

“Saturno nem sempre traz coisas boas, então esteja pronta para ter momentos bons e ruins. No amor, dê liberdade e não faça manipulações, com calma e jeitinho será mais fácil resolver as coisas. Nas amizades, nunca esqueça todos aqueles que sempre estiveram ao seu lado. Nessas férias, aproveite ao máximo tudo.”

Eu sabia sobre o que meu horóscopo se referia. Já estávamos no meio de agosto, as férias logo iriam acabar, e o verão também. John iria embora amanhã, já era noite, e nós dois estávamos assistindo um filme na minha casa, lógico que eu não estava conseguindo prestar atenção no que passava na televisão, a única coisa que eu conseguia pensar era que aquele verão tinha sido maravilhoso demais pra ser esquecido, e que John era incrível demais pra ter que ir embora.

– Você não ta assistindo o filme. – ele disse abraçado a mim e ainda olhando a tela. – dou um beijo pelos seus pensamentos.
– Você vai embora amanhã. – disse depois de um tempo e o olhei. – a gente não vai mais se ver.
– Eu já falei a você que não precisa ser assim. – ele me olhou ternamente.
– Eu não quero atrapalhar você em nada. – falei baixo.
– Você não vai atrapalhar, a gente pode se falar todos os dias e...
– Eu acho melhor não, você vai estar ocupado e Malibu não é tão perto assim de San Diego, eu não quero que você se sinta na obrigação de vir pra cá só por minha causa. – o interrompi.
– Você ta dizendo que não quer continuar mais comigo? – ele se virou para mim e me olhou sério.
– Continuar com você é tudo o que eu mais quero. – falei colocando minhas duas mãos em seu rosto. – só que relacionamentos a distancia não são legais.
– Então você não quer continuar comigo pelo fato de eu morar a 200 km daqui? – ele continuou me olhando seriamente.
– Eu quero continuar com você. – olhei no fundo dos seus olhos. – e esse verão que eu passei com você foi o melhor de toda a minha vida, mas eu acho que se continuarmos com isso não vai ser tão legal da próxima vez.
– Acho que entendi... – ele disse pensativo. – mas a gente pode se falar enquanto eu tiver em San Diego não é?
– Claro que sim! – sorri e tirei as mãos de seu rosto colocando-as em sua nuca. – não vou negar sua amizade! Até porque seria torturante demais ficar sem falar com você.
– Sabe o que é mais torturante? – ele riu maroto e logo em seguida fez uma cara de cachorrinho abandonado.
– Posso imaginar... – falei me aproximando dele e começando um beijo. Aos poucos John foi se aproximando de mim e fazendo com que eu ficasse deitada no sofá, se deitando sobre mim logo depois. O beijo foi ficando cada vez mais rápido e nossas respirações cada vez mais ofegantes, minhas mãos que antes estavam em sua nuca, agora passeavam pelos seus ombros e costas dando leves arranhões e tentando puxar sua blusa para cima, John interrompeu o beijo para poder tirar a blusa – jogando-a em algum lugar desconhecido e que eu não fazia a mínima questão de saber qual era – e logo em seguida seus lábios já estavam encostados aos meus novamente. Eu não precisava pensar pra saber se eu queria aquilo, porque eu tinha certeza de que estava no caminho certo, John tinha seus defeitos – os quais muitos eu ainda não conhecia – mas ele era perfeito pra mim, e mesmo sabendo que amanhã ele iria estar em outra cidade, eu não me preocupei com nada, as coisas entre nós iriam se resolver de um jeito ou de outro, e nós seriamos felizes, talvez até mais do que estávamos agora.

http://bit.ly/1hHAVTl

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